Contribuições

Ada Lovelace foi apresentada ainda na juventude à Charles Babbage, e tomou conhecimento de seu projeto para uma máquina analítica, que tinha como objetivo realizar cálculos de polinômios de forma mecânica. Lovelace e Babbage se aproximam e se tornam amigos e, em 1842, após Babbage ministrar um seminário na Itália sobre seu projeto e um engenheiro italiano publicar a palestra de Babbage em francês na Bibliothèque Universelle de Genève, Babbage pede à Ada Lovelace que traduza o artigo para o inglês.

Lovelace passa a maior parte do ano trabalhando nessa tradução e, no final dela, acrescenta notas de sua autoria e publica esse artigo no The Ladies' Diary e no Memorial Científico de Taylor. As notas de Lovelace foram classificadas alfabeticamente de A a G. A nota G descreve o algoritmo para a máquina analítica computar a Sequência de Bernoulli. Além do algoritmo, em suas notas Lovelace propõe que a invenção de Babbage não só poderia computar números, mas poderia também criar imagens.

Em 1953, mais de cem anos depois de sua morte, as notas de Lovelace sobre a máquina analítica de Babbage foram republicadas. Apesar de tardiamente, seu trabalho foi reconhecido como sendo a primeira publicação de um algoritmo especificamente criado para ser implementado em um computador da história e ela, por sua vez, como a primeira programadora. O pioneirismo foi sublinhado por Alan Turing, que fez referência ao trabalho de Lovelace em suas pesquisas.

A máquina analítica de Babbage não foi construída na época por limitações tecnológicas e financeiras, mas em 1985, um professor da Universidade de Sidney e o curador do The London Science Museum revisaram o projeto original da Máquina Analítica e, ao longo de um período de 17 anos, construíram o dispositivo. Atualmente, a máquina está exposta no The London Science Museum.

Imagem da máquina analítica de Babbage, exposta atualmente no The London Science Museum.

Nota G contendo o primeiro algoritmo de computador da história.